sábado, 5 de outubro de 2013
Labirintos da memória...
Como já referi, fui um miúdo que cresceu na rua entre casas de amigos, campos de milho, uvas, futebol, fisgas no bolso, época do pião, do berlinde, da carica, de tantas coisas que nos reconfortam quando as recordamos. Eram momentos particulares e com uma sensação de liberdade tremenda. Hoje parece quase um sonho, quando imaginamos que nessa infância acordávamos sem horas e rumo, ao som de um amigo que nos chamava para jogar à bola, para ir até ao rio ou simplesmente conversar. Não deixava de existir drama...formavam-se grupos de bairro, jogava-se às copas com as respectivas "orelhadas", o jogo doloroso do garrafão e as lutas de rua...sempre provocadas por...todos!
domingo, 29 de setembro de 2013
Quem gosta dos dias de chuva?
Hoje chove muito, mas não tanto como na sexta-feira passada. Hoje chove e chove na cabeça de todos os pais que tentam pensar no que fazer em dias assim, com a perspectiva fascinante de um Domingo eleitoral, num dia apenas abrilhantado pelas boas notícias no mundo do ténis e ciclismo. Mas essas notícias, ainda que atenuem o esforço, não ajudam na ocupação dos rebentos quando rondam os 2 anos...o que nos poderá salvar é apenas a nossa imaginação. Por isso recordo algumas frases ditas no passado: gosto de alguns dias de chuva...servem para namorar, pôr a leitura em dia, ver um filme no quentinho, abrir uma boa garrafa de tinto, enfim, enfim, enfim...essas frases ficaram na gaveta dos dias passados. Talvez agora as reencontre ao reler os Românticos, quem sabe.
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
Acontece papá!
Hoje, aliás, ontem, tive mais um momento digno de preservar na minha memória para além da eternidade. Todos passamos por dias complicados. O trabalho arrasta-se demasiado, o trânsito parece infernal para além do inferno que sempre é, e, no limite, não conseguiste sentir o sol...essa luz. Acontece frequentemente na minha cidade.
terça-feira, 24 de setembro de 2013
Fechem alas ao Noddy!!!
Quando era um petiz feliz e estudava numa escola que adorava (só soube disso mais tarde!), encontrei na biblioteca, que era excelente para a época dos idos anos 70, uns livros do Noddy. Eu gostava de ver a forma como os bonecos, brinquedos, ganhavam vida e tinham nomes estranhos, mas o que mais adorava era o taxi amarelo, que, há época, imaginava como carro do Noddy e não táxi do Noddy. Tenho também a nítida recordação do receio do Mafarrico...vá-se lá saber porquê.
domingo, 22 de setembro de 2013
Quando a procissão ainda vai no adro...
Tenho a memória de uma infância feliz, entre família e amigos, com risos e festa, guitarras e música, bem ao jeito da minha avó materna e do meu avô paterno. É nessa memória que fomento a relação da minha filha com os avós, seja em que contexto for. Ela tem o privilégio de ainda conviver com todos os avós, mesmo tendo eu sido pai aos 39 anos. É um facto relevante se considerarmos que, um par de anos antes, essa realidade seria fruto do acaso. De qualquer forma, também eu conheci todos os meus avós, mas se o meu pai tivesse abraçado a paternidade aos 39 anos, apenas teria conhecido os meus avós maternos...por isso, é mesmo um privilégio o que a minha filha vive.
sábado, 21 de setembro de 2013
Pai, pai, pai!
Mesmo durante o meu sono agitado, parece-me ouvir a sua vozinha:
- Pai, pai, pai...dá-me a tua mão.
terça-feira, 17 de setembro de 2013
A dúvida da paternidade. Volume I.
Tenho duas mãos com cinco dedos
cada…e são muitos os dedos para contar os homens que conheço que quiseram, de
forma convicta e determinada, ser pai. Há um problema de evolução da espécie
humana, na vertente macho, que determina que “nunca, em momento algum, ficarás
preso a nada”. A mulher, fêmea, ri-se quando ouve falar nesta dúvida existencial
que mina a mente do homem, mas conhece-a bem. O riso sarcástico é muito
perverso, como a mente evolutiva da mulher…pois é, o perverso não é só para
nós.
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