Por vezes tenho a ânsia de passar todos os meus princípios e
conhecimentos para a minha filha. Essa ânsia é fruto do meu drama interior,
porque sinto que o tempo é precioso e que hoje não o valorizamos como devíamos.
Sinto a ânsia aumentar à medida que a minha filha se desenvolve e comunga
sensações e formula juízos, ideias, emoções. Ainda qua faça xixi de vez em
quando e use fralda para dormir, já é um ser na formação da sua personalidade e
na vontade de opinar. Para muitos pais, passará esta etapa pela rama. Para mim,
é tudo. Apenas posso sugerir que não o façam, que não desperdicem o momento.
sábado, 7 de dezembro de 2013
domingo, 1 de dezembro de 2013
Pai, já não és o meu herói!
A ligação entre um pai e uma filha é única e indescritível.
Não há dúvida alguma que essa relação permanece ao longo de milénios e
deixa-nos, a nós pais, sem palavras em muitos e muitos momentos. Acredito que
permanecerá mesmo com o inevitável cavalgar do tempo.
A minha filha foi construindo, ao longo dos seus curtos dois anos e meio, uma imagem de pai herói. Certamente que essa ideia foi cimentada
no facto de eu estar mais presente do que a mãe, por força das circunstâncias
profissionais. E há uma natural ligação entre pai e filha que nos limita. Senão
vejamos: entre dar uma palmada num catraio ou numa menina (bem sei que já
condicionei a perspectiva do leitor!) qual a posição de um homem? Eles põem-se
a jeito, naquela natural patetice e elas, nas suas danças da “cabeça inclinada”,
beicinho, mãozinhas nos joelhos e olhar descaído, não nos dão qualquer
hipótese!
terça-feira, 26 de novembro de 2013
Dias de cão
Tenho momentos em que odeio o mundo em que vivemos pela
simples forma como o maculamos diariamente…mas há dias em
que a natureza nos carrega ao limite da felicidade e desejamos, profundamente,
aí permanecer. Esses dias são raros no actual quotidiano. Talvez porque raros,
são para mim extraordinariamente valorizados.
Quando somo pais, desejamos que os nossos filhos permaneçam
no lado da felicidade e muito distantes do mundo que odiamos. É legítimo pensar
assim, mas não é prático. Isto porque se os protegermos sempre, jamais saberão
proteger-se e jamais saberão dar valor aos dias felizes.
terça-feira, 12 de novembro de 2013
Almoço de pais
Queridos amigos e amigas, nunca, mas mesmo nunca desperdicem um almoço de pais no infantário dos vossos filhos. Digo isto com a certeza absoluta, consolidada numa experiência própria que senti...digamos...no pêlo!!
Mas voltemos aos factos...tirem os óculos escuros...numa tarde fria de inverno qualquer (a última, atendendo à idade da princesa...mas dá aquele ar de CSI) ela reclamou junto da educadora:
- O meu pai não veio...todos vieram - e, de facto, todos foram, ou, em substituição, avós ou tios.
sábado, 9 de novembro de 2013
As "tias" dão sempre jeito
Há dias em que a luz brilha em tons diferentes. Tenho a experiência, a memória longínqua de visitar o atelier do meu avô e observar o mesmo quadro durante semanas até estar terminado. Nesse percurso temporal, as cores evoluíam, regrediam, sempre numa cadência natural como o relógio de parede que decorava o espaço. Nada era estático e tudo ganhava vida para um miúdo atento e sedento de conhecimento.
Hoje foi uma noite de ternura. Amigas e amigos recordaram-se de nós e chamaram-nos para uma noite de partilhas e de intimidades como só os amigos conhecem. Nessa partilha, estava a minha princesa como uma das convidadas de honra, particularmente preocupada na "partilha" dos cogumelos do pai:
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
É a vida...
Alguém disse um dia, talvez tolhido como eu, que a vida é
lixada…gostaria de não pensar assim. Aliás, gostaria de nunca pensar
assim quando acordo todos os dias. Soa a depressão? Soa, mas tem a nota da
diferença…a reflexão. Mas pode um depressivo, porque reflecte, não ser
depressivo? Não. Mas tem algo de diferente quando apenas se sente depressivo e
não pensa sobre o seu estado.
Mas que "psicofilosofia" desgastada é esta num espaço dedicado
à paternidade e aos filhos? É tudo, porque todos nós, a não ser que estejamos
no limite da senilidade, pensámos e acordámos assim um dia. É lixado? É…É a
realidade? É…há solução? Talvez…
sexta-feira, 1 de novembro de 2013
Não sou bruxa!
Amigos, lamento desde já a ausência prolongada que tem os seus motivos que serão justificados por atestado médico. Dito assim, parece que estou doente, mas a verdade é que não estou, pelo menos que o saiba. De qualquer modo, não há desculpas.
Sem mais demoras e esquecendo o papel burocrático que marina algures num ficheiro PDF (para que se saiba da ausência), volto num tema escaldante, como o dia sugere...o das bruxas.
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