Para mim as manhãs são sempre duras…muito duras. O meu relógio
biológico é mesmo assim. Começo lentamente, num estado de letargia, mas
eficiente. Tomo banho em transe, corto a barba como se a lâmina tivesse vida
própria, bebo água para purificar e…continua tudo igual.
Por volta das 10h da
manhã, o meu cérebro começa a dar sinais de vida “racional”…já estrutura alguns
raciocínios complexos, já começa a ter vontade própria. Ao longo do dia essa actividade
cerebral vai aumentando até atingir o pico por volta das 23h. Aí, com o clã
feminino a dormir, ele continua activo e nesse momento parece sorrir…estás
sozinho e podes dar largas à imaginação. Depois apaga-se lentamente, por volta
das 2 ou 3 da manhã. É a realidade.