Por vezes tenho a ânsia de passar todos os meus princípios e
conhecimentos para a minha filha. Essa ânsia é fruto do meu drama interior,
porque sinto que o tempo é precioso e que hoje não o valorizamos como devíamos.
Sinto a ânsia aumentar à medida que a minha filha se desenvolve e comunga
sensações e formula juízos, ideias, emoções. Ainda qua faça xixi de vez em
quando e use fralda para dormir, já é um ser na formação da sua personalidade e
na vontade de opinar. Para muitos pais, passará esta etapa pela rama. Para mim,
é tudo. Apenas posso sugerir que não o façam, que não desperdicem o momento.
sábado, 7 de dezembro de 2013
domingo, 1 de dezembro de 2013
Pai, já não és o meu herói!
A ligação entre um pai e uma filha é única e indescritível.
Não há dúvida alguma que essa relação permanece ao longo de milénios e
deixa-nos, a nós pais, sem palavras em muitos e muitos momentos. Acredito que
permanecerá mesmo com o inevitável cavalgar do tempo.
A minha filha foi construindo, ao longo dos seus curtos dois anos e meio, uma imagem de pai herói. Certamente que essa ideia foi cimentada
no facto de eu estar mais presente do que a mãe, por força das circunstâncias
profissionais. E há uma natural ligação entre pai e filha que nos limita. Senão
vejamos: entre dar uma palmada num catraio ou numa menina (bem sei que já
condicionei a perspectiva do leitor!) qual a posição de um homem? Eles põem-se
a jeito, naquela natural patetice e elas, nas suas danças da “cabeça inclinada”,
beicinho, mãozinhas nos joelhos e olhar descaído, não nos dão qualquer
hipótese!
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