sábado, 31 de agosto de 2013

Papá, o XPTO...empurrou-me!



Mais uma tarde “lamacenta” nesta cidade agitada. Fui buscar a minha filha ao infantário no horário habitual e sem grandes filas de trânsito. Entrei na sala dela como gosto sempre de fazer…muito devagar…observando ainda antes de abrir a porta, através do vidro, como o meu rebento se comporta e, principalmente, se está com um ar feliz. Desta feita, estava a um canto, a brincar com uma boneca, e parecia amuada. Quando entrei, ela gritou papá, correu para os meus braços e disparou:

- Papá, o XPTO empurrou-me!

Nesse preciso instante, varri a sala em busca desse pequeno fedelho, qual lobo alfa da matilha, protector da minha cria, para aniquilá-lo imediatamente com um olhar fulminante. Este instinto é algo que qualquer pai conhece e dura alguns segundo e poderá prolongar-se conforme a situação o permitir…claro que o bom senso regressa rapidamente, até porque a educadora está lá, muitas vezes os próprios pais do fedelho observam, e as nossas leituras de livros de pediatria fazem algum efeito…são todas crianças…eu sei…

- Filha, o XPTO empurrou-te? Falaste com XPTA? Sabes, deves falar sempre com a professora quando alguém te empurrar…

- Sim papá…

Ouvimos estas palavras a voar da nossa boca, sentimos um ar “civilizado” e bons educadores. Temos consciência do caminho certo e estamos a desempenhar um bom trabalho.

Saí com ela ao colo e não consegui deixar de olhar para o fedelho uma última vez…estás marcado, pensei.

Pergunta: O que fazer quando a nossa filha nos diz que algum colega a empurrou?

Resposta: Filha, empurra-o também…


Após a brincadeira do post, eis um trabalho sério que importa ler:


Sem comentários:

Enviar um comentário

Número total de visualizações de páginas