Tenho uma profunda ânsia em partilhar com a minha filha
pensamentos, pessoas, filosofias, princípios que regem a minha vida…bem ou mal.
É certo que a cada passo que ela dá, mais eu sinto que se aproxima o momento de
falar com ela, de forma perceptível, de factos, músicas, livros, poemas que
marcaram a minha adolescência, juventude e idade adulta. Estes sentimentos são
provas da nossa maturidade, disso não tenho dúvida, mas são também o lamento da
idade. Esta semana andei a remexer no meu passado…esses efeitos de vasculhar as
gavetas das casas dos pais, dos livros, dos escritos, dos poemas. Da salada
russa resultou um nome que é hoje um facto…nasceu um poema e uma música nos longínquos
anos 67 do século passado…de um grande “cantautor” brasileiro.
Carolina Chico Buarque/1967 |
Carolina Nos seus olhos fundos Guarda tanta dor A dor de todo esse mundo Eu já lhe expliquei que não vai dar Seu pranto não vai nada mudar Eu já convidei para dançar É hora, já sei, de aproveitar Lá fora, amor Uma rosa nasceu Todo mundo sambou Uma estrela caiu Eu bem que mostrei sorrindo Pela janela, ói que lindo Mas Carolina não viu Carolina Nos seus olhos tristes Guarda tanto amor O amor que já não existe Eu bem que avisei, vai acabar De tudo lhe dei para aceitar Mil versos cantei pra lhe agradar Agora não sei como explicar Lá fora, amor Uma rosa morreu Uma festa acabou Nosso barco partiu Eu bem que mostrei a ela O tempo passou na janela Só Carolina não viu |
http://www.youtube.com/watch?v=lz6ODngWwcY
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