quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Para a minha princesa...


Tenho uma profunda ânsia em partilhar com a minha filha pensamentos, pessoas, filosofias, princípios que regem a minha vida…bem ou mal. É certo que a cada passo que ela dá, mais eu sinto que se aproxima o momento de falar com ela, de forma perceptível, de factos, músicas, livros, poemas que marcaram a minha adolescência, juventude e idade adulta. Estes sentimentos são provas da nossa maturidade, disso não tenho dúvida, mas são também o lamento da idade. Esta semana andei a remexer no meu passado…esses efeitos de vasculhar as gavetas das casas dos pais, dos livros, dos escritos, dos poemas. Da salada russa resultou um nome que é hoje um facto…nasceu um poema e uma música nos longínquos anos 67 do século passado…de um grande “cantautor” brasileiro.

Carolina
Chico Buarque/1967


Carolina
Nos seus olhos fundos
Guarda tanta dor
A dor de todo esse mundo
Eu já lhe expliquei que não vai dar
Seu pranto não vai nada mudar
Eu já convidei para dançar
É hora, já sei, de aproveitar
Lá fora, amor
Uma rosa nasceu
Todo mundo sambou
Uma estrela caiu
Eu bem que mostrei sorrindo
Pela janela, ói que lindo
Mas Carolina não viu

Carolina
Nos seus olhos tristes
Guarda tanto amor
O amor que já não existe
Eu bem que avisei, vai acabar
De tudo lhe dei para aceitar
Mil versos cantei pra lhe agradar
Agora não sei como explicar
Lá fora, amor
Uma rosa morreu
Uma festa acabou
Nosso barco partiu
Eu bem que mostrei a ela
O tempo passou na janela
Só Carolina não viu

http://www.youtube.com/watch?v=lz6ODngWwcY

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